Projeto de lei obriga comércio a ter câmeras de segurança

Um projeto já aprovado na Câmera Federal prevê que o equipamento seja instalado nos corredores, entradas e saídas dos centros comerciais.

• Recife

As câmeras flagram o momento em que um grupo de adolescentes sai correndo entre os clientes. Para eles uma brincadeira. Para quem estava perto um susto. Os seguranças agiram rápido e conseguiram alcançar um dos engraçadinhos e acabaram com a diversão.

• Sorocaba, interior de São Paulo

Um homem para no estacionamento do shopping. Olha para os lados e em 15 segundos pega o estepe da caminhonete e coloca no próprio carro. Pouco depois, acabou preso.

• São Paulo

O taxista foi preso quando entregava drogas num estacionamento.

• Salvador

O sistema de monitoramento já existe na maioria dos shoppings de São Paulo. Em todo o Brasil, de cada R$ 100 que os lojistas pagam de condomínio, R$ 30 vão para a segurança.

“Pelo monitoramento vimos pessoas que tinham a intenção de furtar e, quando estavam praticando o furto, informamos os agentes de piso e eles evitaram”, explica Vanderlei Bertolazzi, gerente de segurança.

São 92 câmeras espalhadas por um shopping em São Paulo. Ninguém circular sem ser visto. O sistema existe desde a inauguração, em 1976. A partir de agora, todos os shoppings e centros comerciais do país podem ser obrigados a ter um circuito assim.

O consumidor aprova. “Com certeza é mais segura. Não fico incomodada, na verdade nem lembro que tem câmera”, diz Rita de Cássia Rosa, bancária.

Na sala, três funcionários observam quase cem pontos do shopping. As imagens ficam gravadas durante quinze dias. Um recurso que já ajudou a esclarecer vários casos.

Em Vitória, dois assaltantes que agiram num shopping foram reconhecidos e presos.

Já em Salvador, o bandido que sequestrou a médica Rita de Cássia Martinez e a filha dela, na época com um ano e oito meses aparece desde o momento da chegada no shopping até a hora em que ele sai dirigindo o carro dela.

No mesmo dia, a polícia encontrou o carro com menina chorando e assustada. Mais adiante, o corpo da mãe. As imagens foram fundamentais para identificar o assassino.

“Todas vezes que houve algum tipo de sinistro e o shopping tinha monitoramento, todos os casos foram identificados”, comenta Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de São Paulo.